Rio de Janeiro, . | Esquerdismo


Pedro II: um colégio radical

Alexandre B. Cunha

Fundado em dezembro de 1837, o Colégio Pedro II se caracterizou por proporcionar aos seus alunos um ensino de excelência. Infelizmente, essa tradição vem sendo erodida. Nos últimos anos, militantes da extrema esquerda assumiram o controle daquela instituição. Consequentemente, o seu prestígio tem sido gradualmente substituído por uma reputação de ser uma escola voltada à doutrinação socialista. Discute-se nesta breve nota um recente acontecimento que ilustra a transformação da renomada instituição em um centro de formação de militantes esquerdistas.

Unidade do Colégio Pedro II no Centro do Rio de Janeiro. Fotógrafo: Cyro A. Silva. Fonte: Flickr.

A atuação da esquerda radical dentro do Colégio Pedro II tem sido repetidamente discutida na imprensa e na internet. No final deste texto o leitor encontrará um apêndice com diversos links e vídeos relacionados a essa questão. O que realmente surpreendeu este autor foi o despudor com que se anunciou uma recente ‘novidade’.

Conforme divulgado no próprio website do Colégio Pedro II, a instituição está oferecendo um curso de “Pedagogia Socialista Descolonial”! Sim, é exatamente isso. Um curso de “Pedagogia Socialista Descolonial” que “tem como público alvo estudantes e graduados em licenciaturas e pedagogia, docentes e profissionais da Educação Básica em geral”.

Curso de Pedagogia Socialista Descolonial oferecido pelo Colégio Pedro II. Fonte: website da própria instituição.

Reproduzem-se abaixo os objetivos do referido curso:

– Promover a apropriação do referencial teórico da pedagogia socialista como chave interpretativa para pensar os desafios e possibilidades para uma educação pública, democrática e emancipável nos marcos do capitalismo contemporâneo e suas crises;

– Fazer dialogar a tradição de pensamento da pedagogia socialista internacional com o pensamento descolonial revolucionário elaborado na América Latina e no Brasil;

– Contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva pedagógica, teórica e prática, que possibilite a articulação de uma concepção de educação radicalmente crítica e profundamente comprometida com as necessidades e interesses coletivos das maiorias populares e trabalhadoras do país.

Ou seja, uma instituição de ensino federal está, abertamente, oferecendo um curso que tem como objetivos formar doutrinadores que utilizarão a sua condição de docentes para pregar, nas salas de aula, a derrubada do regime democrático e a transformação do Brasil em uma ditadura socialista.

Uma coisa há que se admitir: a esquerda revolucionária não esconde os seus objetivos. Se nós virarmos escravos de uma tirania socialista, certamente não terá sido por falta de aviso.


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Apêndice: links e vídeos

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