Rio de Janeiro, . | Economia, Saúde


Os impactos econômicos da pandemia

Alexandre B. Cunha

Já está claro que a pandemia causada pela Covid-19 e as medidas adotadas para contê-la terão impactos adversos sobre a economia mundial. Ainda não se sabe o quão forte será a consequente recessão. Todavia, conforme se discute abaixo, há evidências de que ela será muito severa.

Considere inicialmente o caso dos Estados Unidos. As previsões de queda do PIB no segundo trimestre deste ano variam de 8% até 30%. A título de comparação, a maior contração durante a aguda crise que teve início em 2008 ocorreu no último trimestre daquele ano, quando o PIB decresceu 8,4%.

O cenário no Brasil também é bastante negativo. Estudo recente da Fundação Getúlio Vargas sugere que o PIB do país pode ter uma queda superior a 4% neste ano. Durante a forte recessão de 2015 e 2016, a economia brasileira decresceu, respectivamente, 3,6% e 3,3% em cada um desses anos. Desde 1901, somente em 1981 e 1990 o PIB do país teve uma queda anual superior a 4%. Ou seja, é possível que o Brasil esteja se defrontando com uma das mais agudas crises da sua história.

Em síntese, o panorama econômico é realmente sombrio. Tudo indica que o Brasil e diversas outras nações enfrentarão uma intensa recessão.


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