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Não, o PT não é igual aos demais partidos

Alexandre B. Cunha

Introdução

De acordo com as informações recentemente divulgadas pela imprensa nacional, as delações premiadas dos executivos da Odebrecht atingem uma vasta gama de partidos. A proeminência de vários dos políticos citados e o fato de as denúncias alcançarem até mesmo partidos que se opuseram aos governos petistas podem fazer com que se solidifique entre os brasileiros a equivocada noção de que “o PT é um partido como outro qualquer”.

O PT sabe que tem muito a ganhar com a popularização de tal ideia. Tanto que já em março deste ano a Sra. Tereza Cruvinel, que durante o governo Lula foi presidente da estatal EBC, escrevia o seguinte:

O conluio entre partidos e empresas que prestam serviços ao Estado brasileiro não nasceu com o PT. Vem de longe e sempre foi gerido de forma competente pelos [que] antecederam o PT no governo. A Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal nunca o ignoraram, apenas não tiveram o mesmo interesse de hoje em desvendá-lo. A gloriosa imprensa também. O erro do PT, que sempre defendeu o financiamento público de campanhas, foi ter aderido a ele para se manter no governo, na vã ilusão de que continuariam fazendo vista grossa.

Ou seja, o PT teria feito apenas o que todos os outros sempre fizeram. De forma similar, em texto recente o comunista Eduardo Guimarães afirmou que “o PT está pagando sozinho uma dívida que é de todos os partidos”.

Desta forma, é crucial que se estabeleça de forma inequívoca o caráter mentiroso da afirmativa “o PT é um partido como outro qualquer”. De fato, pelo menos três fatores fazem com que o PT seja consideravelmente pior do que os demais partidos políticos existentes no Brasil:
(1) O PT causou a profunda crise econômica que afeta o país.
(2) O PT é o mais corrupto de todos os partidos políticos nacionais.
(3) O PT é uma organização revolucionária que tem como objetivo transformar o Brasil em uma tirania socialista.
A seguir, discute-se brevemente cada um desses itens.

O PT e a crise econômica

Conforme discutido no texto Nunca antes na história deste país o PIB caiu tanto, a recessão em curso é uma das mais fortes enfrentadas pelo país desde 1900. Ela foi causada pelas políticas econômicas aplicadas a partir do segundo mandato do Sr. Lula.

Vale lembrar que o Sr. Nelson Barbosa afirmou que era papel do governo “testar os limites” da política econômica. Ou seja, na visão petista do mundo, cabe ao governo fazer experimentos nos quais os brasileiros exercem o papel de cobaias. Bom, o resultado de tamanha irresponsabilidade é a recessão que estamos vivenciando. Esse tópico é discutido com mais detalhes nos textos A vodunomia petista e As raízes esquerdistas da política econômica petista. Como se isso não bastasse, o PT também levou as finanças públicas a um estado de total desarranjo. Este autor discutiu essa questão aqui, aqui e aqui.

Em síntese, o culpado pela presente recessão que dizima a economia brasileira tem nome e sobrenome: PT.

O PT e a corrupção

Não fosse ela trágica, a necessidade de se reafirmar que o PT é o campeão inconteste da corrupção seria extremamente cômica. Francamente, a ideia de que algum partido chegou perto do PT nesse quesito é absolutamente insana. Afinal de contas, qual foi a organização que comandou o mensalão e o petrolão?

O PT governou este país por treze anos consecutivos. Ao longo de tal período, ele se dedicou a saquear os cofres públicos para financiar aquilo que o ministro do STF Celso de Mello denominou, com muita propriedade, de projeto criminoso de poder. Nenhum outro grupo político procedeu dessa forma.

Dito isto, até que se descubra um esquema de corrupção que supere o petrolão em organização, alcance e volume de recursos desviados, o PT será o mais corrupto de todos os partidos brasileiros. Ou seja, ele carregará essa ‘honraria’ por muitos e muitos anos; mais provavelmente, para todo sempre.

O PT e o socialismo

O PT tem como objetivo declarado transformar o Brasil em uma ditadura socialista. Por exemplo, isso está escrito de forma inequívoca no programa adotado pelo partido na eleição presidencial de 1989. Para mais detalhes, acesse o texto PT: um partido revolucionário.

O partido jamais abandonou tal meta. As suas declarações e atos recentes deixam claro o seu completo desapreço pelo estado democrático de direito e a sua profunda admiração pelas tiranias vermelhas. Por exemplo, ele participa ativamente do Foro de São Paulo e apoia abertamente as ditaduras cubana e venezuelana e diversas tiranias esquerdistas no continente africano.

Há mais evidências do caráter revolucionário do PT. No manifesto intitulado Resolução sobre conjuntura, o qual foi aprovado pelo seu diretório nacional em 17 de maio de 2016, o partido revela mais uma vez a sua natureza radical. No último parágrafo da página 4 daquele documento está escrito o seguinte:

Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação.

Uau! O PT identificou um dos seus ‘erros’. Para corrigi-lo, o partido precisará tomar as seguintes providências caso retorne ao governo:
(a) Colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e o Itamaraty a serviço do seu projeto socialista.
(b) Garantir que todo oficial das Forças Armadas seja um petista.
(c) Alocar as verbas publicitárias do governo federal preferencialmente para veículos notoriamente esquerdistas como Carta Capital e similares.
Fantástico, não? Nada mais precisa ser dito. De toda forma, é importante destacar que o item (b) sugere que o PT está disposto a adotar a violência para implantar a sua agenda socialista. Afinal de contas, qual é o benefício de ter Exército, Marinha e Aeronáutica sob o controle do partido?

Enfim, o PT é um partido revolucionário que almeja transformar o Brasil em uma tirania socialista similar àquelas existentes em Cuba e na Coréia do Norte. Porém, há que se fazer justiça. Neste quesito particular, o PT tem companhia. Suas linhas auxiliares PC do B e PSOL e outros grupos radicais padecem do mesmo mal.

Considerações finais

Para voltar a governar o Brasil, o PT precisará persuadir a maior parte do eleitorado de que ele se constitui em uma opção superior aos demais partidos políticos. Logo, convencer os brasileiros de que “o PT é um partido como outro qualquer” é uma incontornável etapa da jornada que poderá levar aquela organização revolucionária de volta ao Palácio do Planalto.

Não há razão para que nós, brasileiros honestos e amantes da liberdade, ajudemos a pavimentar a estrada que o PT precisa percorrer para retornar ao poder. Assim sendo, devemos refutar em toda e qualquer oportunidade a mentira de que ele “é um partido como outro qualquer”. Há que se dizer, em alto e bom som, a verdade: o PT é, por larga margem, o que existe de pior na política brasileira.


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