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Dois comentários sobre a libertação do Lula

Alexandre B. Cunha

Conforme já era esperado, o STF recentemente decidiu que uma pena de prisão somente pode ser executada quando estiverem esgotados todos os possíveis recursos à disposição do réu. Consequentemente, Lula já está solto. Este texto contém dois comentários sobre esse lamentável acontecimento.

Comentário 1: não houve surpresa

O fato de Lula ter sido libertado não deveria surpreender ninguém. Inclusive, o texto denominado Os próximos passos da operação Lula Livre, publicado neste blog em 16 de setembro de 2018, contém o seguinte trecho:

A possível atuação petista buscando a liberdade de Lula deverá ocorrer em duas frentes, a judicial e a política. No tocante à primeira delas, recentemente Dias Toffoli tomou posse na presidência do STF. Muito poderia ser dito sobre esse senhor. Para os fins deste texto, é suficiente afirmar que, na visão deste autor, não haverá oportunidade similar para os advogados de Lula. Inclusive, já em 2019 aquele tribunal voltará a avaliar se as penas de prisão devem ser cumpridas após a condenação em segunda instância.

Definitivamente, já era sabido que a libertação do presidiário de Curitiba poderia ocorrer exatamente da forma que ocorreu.

Comentário 2: a eleição presidencial de 2022

Ainda no texto Os próximos passos da operação Lula Livre, este autor escreveu o seguinte:

A operação Lula Livre, que na verdade não passa de uma fachada para um movimento que busca colocar o presidiário de Curitiba no Palácio do Planalto, ainda não foi derrotada de forma definitiva. O Brasil precisa estar preparado para enfrentar as pressões, os artifícios e os logros que muito possivelmente o PT já está arquitetando.

Logo, não deveria ser motivo de surpresa o fato de o PT e as suas linhas auxiliares já estarem trabalhando pela candidatura do seu criminoso favorito.

Lula discursando em São Bernardo do Campo no dia seguinte à sua libertação. Fonte: YouTube.

A princípio, Lula não poderá se candidatar devido à Lei da Ficha Limpa. Mas é óbvio que o PT tentará passar por cima dessa barreira. Afinal de contas, se o partido tentou que Lula fosse candidato de dentro da cadeia, imagine agora que ele está solto. E, conforme evidenciado pela recente libertação do presidiário de Curitiba, não faltarão juízes simpáticos à causa petista. Não devemos nos iludir: se para viabilizar a candidatura do Lula for necessário escrever em uma decisão judicial que a capital do Brasil é a cidade argentina de Buenos Aires, então isso será feito. Nada, mas nada mesmo, é capaz de envergonhar aquela turma.

Dito isto, o próximo item da lista de tarefas dos militantes da extrema esquerda brasileira consiste em viabilizar juridicamente a candidatura do presidiário de Curitiba. Daqui para frente, todos os artistas, professores, juízes, intelectuais, jornalistas etc que abraçaram a insana causa esquerdista se dedicarão de corpo e alma a essa radical tarefa.


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