Rio de Janeiro, . | Democracia, Direito


A importante lição de Sandra Day O’Connor

Alexandre B. Cunha

Em julho de 1981, o presidente dos EUA Ronald Reagan indicou Sandra Day O’Connor, então juíza do Tribunal de Apelações do Arizona, para preencher uma vaga na Suprema Corte do país. Confirmada pelo Senado, O’Connor, foi empossada em setembro do mesmo ano e se tornou a primeira mulher a servir como magistrada do mais importante tribunal norte-americano.

Sandra Day O’Connor, a primeira mulher a servir como magistrada da Suprema Corte dos EUA. Fotógrafo: desconhecido. Fonte: Biblioteca do Congresso dos EUA.

Sandra Day O’Connor permaneceu na Suprema Corte até se aposentar em janeiro de 2006. Em uma palestra proferida em 1999, ela fez a seguinte declaração (traduzida para o português por este autor):

Nós, juízes, administradores de tribunais e advogados, dependemos da confiança do público para que as nossas decisões tenham força. Não temos ao nosso dispor um exército permanente que faça as nossas decisões serem cumpridas, nós precisamos que o público acredite na correção dessas decisões. É por isso que devemos estar atentos às atitudes e opiniões do público com relação ao sistema de justiça e é por isso que devemos tentar manter e construir tal confiança.

Claramente, diversos (ou mesmo todos) integrantes do STF não pensam da mesma forma. Na verdade, os juízes da nossa suprema corte agem como se a sua imagem perante a população fosse algo absolutamente irrelevante. É uma pena, pois os cidadãos brasileiros não são menos dignos de respeito e apreço do que os norte-americanos.


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